Realizado entre os dias 7 e 11 de maio, no Centro de Convenções Salvador, o Brasil Nordeste – 1º Festival de Economia Popular e Solidária reuniu milhares de pessoas em torno de uma jornada de atividades diversas e gratuitas, com feira de empreendimentos solidários, oficinas, painéis, manifestações culturais e shows. Mais de 50 entidades — incluindo instituições governamentais, acadêmicas e organizações sociais — protagonizaram o evento.

Promovido pelo Consórcio Nordeste, em parceria com o Governo da Bahia, o evento destacou o papel estratégico da economia solidária para a inclusão social, geração de renda e fortalecimento de territórios populares. Contou ainda com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, que participou ativamente da abertura oficial do festival, e do vice-governador Geraldo Júnior, que prestigiou os estandes da feira.

A Feira de Empreendimentos Solidários foi um dos grandes destaques da programação, com mais de 500 empreendimentos sociais e 600 expositores, entre eles representantes dos 27 territórios de identidade da Bahia e dos nove estados do Nordeste. A feira superou a marca de R$ 3,3 milhões em negócios, fortalecendo os circuitos curtos de comercialização e a geração de renda.

Durante os cinco dias, mais de 40 mil visitantes foram registrados pela plataforma Sympla, e cerca de 780 pessoas almoçaram diariamente no espaço do Festival. Ao todo, foram mais de 6 mil refeições servidas pela rede de alimentação da economia solidária. 

Para Wenceslau Júnior, superintendente da Economia Solidária da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), o festival teve "sucesso total de público e de comercialização", com empreendimentos que venderam 100% da produção ou chegaram perto disso. Wenceslau destaca também que mais de 90% dos resíduos gerados foram reciclados pela central de catadoras e catadores presente no evento.

O evento também marcou o lançamento do Plano Brasil Nordeste de Transformação Ecológica, que será apresentado à União durante a COP-30, e contou com a presença de autoridades federais e estaduais, além de lideranças indígenas, quilombolas, de terreiros e de redes da agricultura familiar, educação popular e juventudes.

Entre os destaques da grade artística, subiram ao palco nomes como Chico César, Otto, Juliana Linhares e Del Feliz, além de manifestações culturais populares, representando a cultura local de diversos estados do nordeste. Apresentações da Cozinha Identitária Show, com chefs da agricultura familiar e das tradições culinárias regionais, também encantaram o público.

Dentro da agenda, painéis e mesas temáticas trouxeram explanações e trocas importantes para o desenvolvimento da economia popular e solidária, discussão de questões sócio-ambientais e propostas de ações para a transformação ecológica, tão abordada nos últimos tempos. "Tivemos um debate de alto nível, que vai gerar um relatório com as principais propostas sobre economia solidária, e um verdadeiro show de cultura nordestina. Agora é para ficar — está no calendário nacional", reiterou.

Com apoio de parceiros institucionais como OEI e Open Society Foundations, e patrocínio de Shopee, Sebrae, Bahiagás, Fundação Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa, o Festival se consolida como espaço de articulação regional e afirmação de um modelo de desenvolvimento justo, regenerativo e solidário.

O Brasil Nordeste – 1º Festival de Economia Popular e Solidária é uma iniciativa do Governo do Estado da Bahia, por meio das secretarias do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e do Desenvolvimento Econômico (SDE), e apoios do Instituto Federal da Bahia (IFBA), do Centro Público de Economia Solidária da Bahia (CESOL), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O evento é produzido pela MK Produções, Tropos e tem como correalizadores Caderno 2 Produções, Polo Cultural, Associação de Assistência à Produção e ao Desenvolvimento Sustentável (AAPDS), Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) e Open Society Foundations (OSF), com Patrocínios de Shopee, Sebrae, Fundação BB, Banco do Nordeste, Caixa e Bahiagás, através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. Realização: Consórcio Nordeste, Ministério do Empreendedorismo e da Empresa de Pequeno Porte, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e Ministério da Cultura do Governo Federal.