A primeira edição do Brasil Nordeste – Festival de Economia Popular e Solidária, promovida pelo Consórcio Nordeste em parceria com o Governo da Bahia, acontece de 7 a 11 de maio no Centro de Convenções Salvador. Com entrada gratuita mediante retirada de ingressos pela plataforma Sympla, o evento reúne feira de produtos da Economia Solidária, painéis, oficinas e apresentações culturais com artistas renomados do território nordestino.
Durante os cinco dias, o público poderá visitar a feira com produtos da agricultura familiar, artesanato e gastronomia regional, expressão concreta do trabalho coletivo e da geração de renda local. Ao todo, 500 expositores de todos os estados nordestinos participam do evento, sendo 250 empreendimentos solidários. A feira abre às 16h no dia 7 e, nos demais dias, a partir das 10h. O acesso para a feira é gratuito, mediante retirada de ingressos via Sympla.
"Este festival é um marco para a movimentação econômica do nosso estado, pois fortalece a economia local ao gerar oportunidades reais de trabalho e renda. Ao reunir empreendedores, cooperativas e gestores, o evento estimula o consumo consciente, valoriza a produção local e promove a circulação de recursos nas comunidades. A Economia Popular e Solidária, protagonista deste encontro, tem papel central na inclusão produtiva, oferecendo alternativas sustentáveis para quem está fora do mercado tradicional. Mais do que uma celebração cultural, o festival contribui para um modelo de desenvolvimento mais justo, humano e duradouro. Com o apoio do governo e da sociedade, reafirmamos nosso compromisso em ampliar e fortalecer essas iniciativas em todo o estado”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Angelo Almeida.
O crescimento da economia solidária no Brasil chama atenção: segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, cerca de 23 milhões de pessoas estão inseridas no setor — quase um quarto da força de trabalho nacional. A região Nordeste concentra mais de 40% dos empreendimentos cadastrados no CADSOL (Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários), consolidando-se como protagonista nessa transformação.
Em 2022, os bancos comunitários ligados à economia solidária movimentaram R$ 1,6 bilhão em transações financeiras. De 2018 a 2022, o setor contribuiu com R$ 3,9 bilhões ao PIB solidário do país, promovendo inclusão financeira e fortalecendo o comércio local em comunidades historicamente vulneráveis.
Mais do que números, trata-se de uma lógica de produção e trabalho baseada em cooperação, inclusão e valorização da cultura local. A economia solidária resgata a identidade comunitária e os saberes populares, conectando tradição e inovação em setores como agricultura familiar, turismo sustentável, gastronomia e artesanato — uma verdadeira aposta na força coletiva como instrumento de combate às desigualdades.
O fortalecimento dessa agenda ganhou novo fôlego com a sanção da Lei 15.068/2024, em dezembro passado, que instituiu a Política Nacional de Economia Solidária. A legislação homenageia Paul Singer, economista e ativista histórico da área, e consolida os princípios que orientam políticas públicas voltadas à promoção de um modelo econômico mais justo, colaborativo e inclusivo.
O Brasil Nordeste – 1º Festival de Economia Popular e Solidária é uma iniciativa do Governo do Estado da Bahia, por meio das secretarias do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e do Desenvolvimento Econômico (SDE), e apoios do Instituto Federal da Bahia (IFBA), do Centros Públicos de Economia Solidária da Bahia (CESOL). O evento é produzido pela MK Produções e tem como correalizadores Caderno 2 Produções, Polo Cultural, Associação de Assistência à Produção e ao Desenvolvimento Sustentável (AAPDS), Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) e Open Society Foundations (OSF), com Patrocínios de Shopee, Sebrae, Fundação Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa, e de Bahiagás, através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. Realização Consórcio Nordeste, Ministério do Empreendedorismo e da Empresa de Pequeno Porte, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e Ministério da Cultura do Governo Federal.